O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
CAPÍTULO II
MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO
A realeza de Jesus
4. Que não é deste mundo o reino de Jesus todos compreendem, mas também na Terra não terá Ele uma realeza? Nem sempre o título de rei implica o exercício do poder temporal. Dá-se esse título, por unânime consenso, a todo aquele que, pelo seu gênio, ascende à primeira plana numa ordem de ideias quaisquer, a todo aquele que domina o seu século e influi sobre o progresso da Humanidade. É nesse sentido que se costuma dizer: o rei ou príncipe dos filósofos, dos artistas, dos poetas, dos escritores etc. Essa realeza, oriunda do mérito pessoal, consagrada pela posteridade, não revela, muitas vezes, preponderância bem maior do que a que cinge a coroa real? Imperecível é a primeira, enquanto esta outra é joguete das vicissitudes; as gerações que se sucedem à primeira sempre a bendizem, ao passo que, por vezes, amaldiçoam a outra. Esta, a terrestre, acaba com a vida; a realeza moral se prolonga e mantém o seu poder, governa, sobretudo, após a morte. Sob esse aspecto não é Jesus mais poderoso rei do que os potentados da Terra? Razão, pois, lhe assistia para dizer a Pilatos, conforme disse: “Sou rei, mas o meu reino não é deste mundo.”
Comentário:
Queridos irmãos e irmãs, que a paz de Jesus esteja conosco.
Hoje refletiremos sobre um dos ensinamentos mais belos do Capítulo II de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, intitulado “Meu Reino Não é Deste Mundo”, na parte que fala sobre “A Realeza de Jesus”.
Quando Jesus afirmou a Pilatos: “Sou rei, mas o meu reino não é deste mundo”, Ele não se referia a uma realeza material, com tronos, coroas ou exércitos. Seu reinado é moral e espiritual, e seu poder se manifesta no coração e na consciência da Humanidade.
No mundo, existem reis que dominam nações, mas cujo poder termina com a morte ou com o passar das gerações. Já a realeza de Jesus é eterna, porque não depende de riquezas, de exércitos ou de tronos, e sim da força do amor, da verdade e do exemplo.
Jesus não governou pela imposição, mas pela influência moral. Ele não impôs mandamentos pela força, mas conquistou os corações pela doçura, pela humildade e pela luz de sua palavra. Sua autoridade não vem do mundo, mas de Deus.
Quantos reis terrenos o tempo apagou da memória! Quantos impérios ruíram! Mas o nome de Jesus permanece vivo há mais de dois mil anos, inspirando milhões de almas em todos os lugares do planeta. Seu reino cresce silenciosamente dentro de cada ser que busca viver o Evangelho e praticar o bem.
A realeza de Jesus é, portanto, a realeza do espírito, a supremacia do amor sobre o ódio, do perdão sobre a vingança, da humildade sobre o orgulho. Ele reina cada vez que alguém vence o egoísmo para servir ao próximo, cada vez que o bem triunfa sobre o mal no íntimo de uma consciência.
Assim, quando Ele declarou: “Meu reino não é deste mundo”, não estava negando sua condição de rei, mas mostrando que seu trono está no coração humano e que seu poder é o da transformação moral.
Que possamos, portanto, reconhecer Jesus como nosso verdadeiro rei — não pela autoridade imposta, mas pelo amor que liberta, consola e renova. E que, vivendo conforme seus ensinamentos, sejamos súditos fiéis desse reino de luz e de paz, que começa em nós e se estende à eternidade.
Que Jesus, nosso Mestre e Rei, continue a reinar em nossos pensamentos, palavras e ações, guiando-nos sempre no caminho do amor e da verdade.
Que assim seja. 🌟.
Contato
Estamos aqui para servir, entre em contato conosco
Email:
Telefone:
(11) 4127-2874
© 2025. All rights reserved.
